A INDUSTRIA DA ANIMAÇÃO
A indústria de animação
Em agosto de
1958 nasceu a maior produtora de cinema de animação do Japão, Toei. Hiroshi
Okawa, presidente da produtora, se fixa nas suas viagens ao estrangeiro no
cinema de desenhos animados norte-americano, e decide colocar os meios
necessários para o crescimento em qualidade do gênero no Japão até fazê-lo
exportável e competitivo. Até então, os produtores de japoneses de cinema de
animação contavam com instalações muito pobres e equipes reduzidos, por isso
não era possível realizar longas-metragens tão notáveis como os ocidentais, nem
alcançar-lhes também não em longitude ou volume. Okawa, após estudar a situação
do gênero no Japão, decide comprar a companhia Nichido Eiga de Sanae Yamamoto,
passando este e seus 23 empregados a fazer parte de Toei, que cria a subdivisão
Toei Doga.
Toei Doga
(que em 1998 mudará seu nome pelo de Toei Animation), se antecipou a seus
competidores ao começar em 1993 a digitalização do processo de animação, que
substituiu aos longos processos tradicionais e que hoje dia é empregada na
quase totalidade do gênero produzido no Japão.
Séries para televisão
A seguinte
realização de Mushi Production foi uma série para a pequena tela. A televisão
começou suas emissões no Japão em 1953, e as primeiras amostras de animação que
se televisionaram procediam dos Estados Unidos, com grande popularidade entre o
público infantil. Toei Doga também se colocou a possibilidade de criar séries
de desenhos para a televisão, mas uma entrega por semana supunha um trabalho
muito pesado para ser rentável, por isso abandonou a idéia.
Os robôs gigantes (mecha)
Graças ao
sucesso das séries de televisão de Mushi Production e Toei Doga, em breve
surgiu a concorrência por parte de outras produtoras. Qualquer gênero era
suscetível de ser usado: esportes, fantasia, você aventura, séries para garotos
e para garotas,… Da mesma forma que Astroboy, muitas destas séries se emitiram
no estrangeiro.
O formato OVA
O formato
OVA (Original Vídeo Animation) teve seu ponto culminante no começo da década
dos 80. Se tratava de produções lançadas diretamente ao âmbito doméstico, sem
haver sido emitida previamente pela televisão ou estreada em cinemas. A maior
qualidade juntamente com a situação econômica do Japão fez com que este formato
competisse com as séries televisivas que os admiradores se davam o luxo de
comprar.
Final do século XX
As décadas
de 80 e 90 trouxeram em grande escala os animes para o Ocidente, entre cujas
principais obras são: Dragon Ball (de Akira Toriyama), Os Cavaleiros do Zodíaco
(de Masami Kurumada), Yu Yu Hakusho (de Yoshihiro Togashi), Rurouni Kenshin (ou
Samurai X, de Nobuhiro Watsuki), Slayers (de Hajime Kanzaka), Neon Genesis
Evangelion (do diretor Hideaki Anno), Marmalade Boy (ou Kimagure Orange Road,
de Wataru Yoshizumi), Inuyasha (de Rumiko Takahashi) e Yu-Gi-Oh! (de Kazuki
Takahashi), assim como também a massificação das cicas mágicas como Sailor Moon
(de Naoko Takeuchi) e Magic Knight Rayearth (do grupo CLAMP). Muitos países
abriram o caminho para a cultura otaku.
Início do século XXI
Uma parte
considerável dos mangás de sucesso no Japão acabam na atualidade com sua versão
em anime. Exemplos claros disso são One Piece, Naruto, Pokémon, Fairy Tail,
Death Note, High School Of Dead, Another, Bleach, Sword Art Online e a franquia
mais vista do Japão Pretty Cure e Detective Conan (De Gosho Aoyama), além de
várias outras. Começam a ser menos freqüentes as séries de anime originais (no
sentido de não estar baseadas em mangá) além de dar-se muito menos o caso de
mangá criado a partir de um anime.
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