A TECNOLOGIA NO AGRONEGÓCIO
O papel da tecnologia na evolução da
agricultura
A
agricultura consagrou-se como uma das principais bases da economia de diversos
países, especialmente no Brasil, que tem seu potencial reconhecido globalmente
neste setor. Na safra 2016/17, fomos responsáveis por 32% da soja produzida no
mundo, o que nos garantiu o segundo lugar na produção mundial, segundo a Embrapa Soja.
Para
alcançarmos resultados como estes, importantes avanços e melhorias marcaram a
evolução da agricultura, graças a programas de melhoramento genético,
produtores de diferentes regiões têm acesso a sementes que se adaptam às
particularidades de clima e solo.
O uso de
fertilizantes e corretivos na lavoura possibilitou a criação de um ambiente
melhor para o desenvolvimento de diferentes culturas, enquanto defensivos
agrícolas tratam as doenças das plantas e ainda mantêm insetos ou plantas
daninhas em níveis abaixo do prejudicial.
Já a
mecanização de processos aumentou o rendimento operacional das áreas cultivadas
e, houve um aperfeiçoamento de técnicas
de cultivos e o início da profissionalização do sistema de produção adotado
pelo agricultor.
Outro fator
que beneficiou todos os envolvidos no ciclo de produção ou consumo de alimentos
foi o uso da biotecnologia, a adoção de organismos geneticamente
modificados, por meio da engenharia genética, permite auxiliar as plantas na
capacidade de resistir ao ataque de pragas. Como resultado, foi possível chegar
a um meio mais assertivo e racional de usar defensivos agrícolas nas
plantações.
Esta é uma
prática ainda em ascensão e com grande potencial. De acordo com estimativas da
consultoria Céleres, entre 2013 e 2023, o uso de biotecnologia no Brasil
contribuirá para economizar 167 bilhões de litros de água (que deixarão de ser
aplicadas nas lavouras), o suficiente para abastecer 3.8 milhões de pessoas.
Neste mesmo
período, 3.7 milhões de toneladas de CO2
deixarão de ser emitidas por máquinas agrícolas. Tais fatores contribuem
diretamente para a preservação do meio ambiente e impactam positivamente a
produtividade do agricultor.
Em paralelo,
na medida em que a população cresce, aumenta também o desafio de atender à sua
demanda por alimentos. Isso não significa, porém, que novas áreas de cultivo
surgirão no mundo para acompanhar esse movimento. Então é necessário aumentar a
produtividade das lavouras sem necessariamente expandir o espaço para plantio.
É por isso
que o já antigo “relacionamento”
entre tecnologia e agricultura tem ficado ainda mais forte nos últimos anos, e
assim teve início um novo movimento: “A
Quarta Revolução no Campo”, que pode ser explicada como uma revolução da
agricultura digital.
Isso implica
no uso de ferramentas de big data na agricultura para gerenciar melhor a
propriedade, reduzir os riscos da atividade, racionalizar o uso de recursos
naturais e insumos e, consequentemente, aumentar a produtividade e a renda do
agricultor.
A
agricultura tradicional que temos hoje é baseada em um modelo não preditivo, ou
seja, muitas decisões são tomadas em caráter corretivo, após a constatação de
algum fator que não esteja contribuindo de forma positiva para a lavoura.
Com o uso da
agricultura digital, uma grande quantidade de dados e informações são
processados, consolidados e analisados e, a partir deles, é possível gerar
recomendações mais precisas ao agricultor, como por exemplo, a indicação da
melhor época de plantio, a fertilização adequada, a performance de cada talhão,
entre outras.
Entretanto,
para que as tecnologias na agricultura continuem gerando benefícios por tempo
prolongado, é importante que os agricultores utilizem as ferramentas disponíveis
com consciência. Por exemplo, ao adotar boas práticas de manejo (como refúgio
estruturado), é possível preservar o valor de tecnologias BT para o manejo de
algumas espécies de insetos.
Pode até
soar estranho falar em dados e números quando pensamos numa plantação de soja
ou milho, mas precisamos entender que assim como em outros aspectos da vida
cotidiana, a tecnologia estará sempre evoluindo e atuando a nosso favor.
E não é
diferente quando nos referimos à agricultura, pois, além do aumento de produtividade,
conseguiremos trazer mais praticidade para todos que fazem parte desse ciclo, e
isso gera impactos, inclusive, para o consumidor final, pois incrementa a
sustentabilidade na utilização de nossos recursos naturais.
www.sna.agr.br/o-papel-da-tecnologia-na-evolucao-da-agricultura/
Monsanto
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