BACO - DEUS DO VINHO
Origens
e história do Carnaval, a festa mais celebrada do Brasil.
Baco (em grego:
Βάκχος, transl. Bákchos; em latim: Bacchus; em italiano: Liber ou Liberato)
é um nome alternativo, e posteriormente adotado pelos romanos, do deus grego
Dionísio, cujo mito é considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos.
Os romanos o adotaram, como muitas de suas divindades,
estrangeiras à mitologia romana,
e o assimilaram com o velho deus
itálico Liber Pater. Algumas lendas mencionam que a cidade
de Nysa, na Índia (atual Nagar) teria sido
consagrada a ele.
A pantera,
o cântaro,
a vinha e
um cacho de uvas eram seus símbolos. Outras associações que não eram feitas com
Baco foram atribuídas a Dioniso, como o tirso que ele empunha
ocasionalmente.
Lenda
Sémele quando
estava grávida exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua vida
em tudo
quando estava grávida exigiu a Júpiter para que ela
pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou
dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor,
Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal
visão e caiu fulminada e se transformou em cinzas.
Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e
meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.
Ao
tornar-se adulto, Baco apaixona-se pela cultura da vinha e descobre a arte de extrair o suco da fruta. Porém, a
inveja de Juno levou-a a
torná-lo louco a vagar por várias partes da Terra. Quando passa pela Frígia, a deusa Cíbele cura-o e o instrui nos seus ritos religiosos.
Curado, ele atravessa a Ásia ensinando
a cultura da vinha.
História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia
quanto na Grécia e em Roma. A
palavra carnaval é originária do latim, carnis
levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado
com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o
controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica
de enquadrar uma festa pagã. Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente
originaram o que conhecemos como carnaval.
As Saceias eram uma
festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei,
vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas
esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio
da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual
ocorria no templo de Marduk, um dos
primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era
surrado na frente da estátua de Marduk.
Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em
seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas
duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis
sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei
frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como
os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens
nessa tradição mesopotâmica.
As festas dedicadas ao
deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e
pela entrega aos prazeres.
Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As
primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e
as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas
também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e
danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os
escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no
papel de escravos. Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu
poder, a Igreja não via com bons olhos as festas.
A
partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser
realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa
forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do
período da severidade religiosa. Durante os carnavais medievais por volta do
século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se
fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Durante
o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell’arte,
teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença,
canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com
carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a
bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus
de três pontas e uma máscara branca.
A
história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das
primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem
portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os
cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés,
frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural
carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também
foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
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